Hoje ouvi uma frase que mexeu comigo mais do que mexeria em outras vezes, talvez porque não ouço com frequência, talvez porque estou mais sensível (a lua cheia sempre me deixa assim) ou porque acreditei que nos dias de hoje algo assim não seria mais dito. Pelo menos não admitido publicamente. Aquele homem me disse com todas as letras que não gostava de "pretos" e que isso lhe foi ensinado por seu pai. Ora, então, é bem provável que ele tenha ensinado aos filhos dele e estes aos seus, e que não existiu nenhuma responsabilidade nesse ensinamento. Temos que ter consciência daquilo que passamos aos nossos filhos, eles são papéis em branco e terão em seu caráter a impressão do que viveram e do que imprimimos neles. Tenho uma filha linda e me arrepio em pensar nas coisas que ela está exposta ainda nos dias de hoje, onde todos se orgulham em ser sustentáveis, saudáveis, modernos, abertos e sem precosnceitos. Quero que ela se orgulhe da família que tem, do pai que tem e de suas origens. Admiro as mulheres negras que lutaram e lutam até hoje para educar seus filhos com dignidade, orgulho e respeito. Admiro minha sogra que educou o homem maravilhoso que é meu marido sob a ótica de dois preconceitos, o de ser mãe solteira e mulher (linda) negra. Mulheres amarelas, azuis, vermelhas, negras, brancas e arco íris a luta continua em esferas diferentes, mas continua e vocês não sabem a força que tem!
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